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sexta-feira, 18 de abril de 2014

O EMPREENDEDOR CORPORATIVO





Nos últimos dias, dois contatos de profissionais ambos são executivos seniores, com experiência e altas posições no currículo, mas  estão buscando emprego e não encontram vagas que correspondam às expectativas.
Um desses profissionais acredita que pode estar pedindo uma remuneração que o mercado considera alta demais. O outro imagina que seu insucesso em encontrar uma nova posição deve-se à senioridade do seu último cargo, de diretoria. Ambos pensam em ajustar suas expectativas para o que o mercado oferece, revendo o salário pretendido ou até mesmo candidatando-se para uma posição abaixo da que costumava ocupar.
Essa é uma situação relativamente comum quando um profissional sênior quer se recolocar: além da ansiedade em conseguir uma nova oportunidade rapidamente, muitos baseiam a pretensão salarial ou de cargos na última posição que ocuparam. Isso pode ser um erro. As empresas possuem organogramas variados: um gerente em uma companhia é um superintendente em outra, um diretor em uma terceira. Os sistemas de cargos são tão diferentes quanto as empresas são entre si – o que interessa é o escopo de atuação do profissional, se há ou não gestão de pessoas, quais serão os interlocutores, que responsabilidades e desafios terá o cargo.
Outra diferença comum entre as empresas é o salário. Além do fixo, o profissional deve considerar bônus, benefícios e até mesmo a remuneração não-financeira como desafios, relacionamento, flexibilidade e outros itens. Se mesmo assim a balança continuar desigual, vale a pena reconsiderar o valor do último contracheque. Isso porque as empresas não estão mais dispostas a pagar os altos salários que foram praticados em anos como 2006, 2007 e 2010.

Por último, vale uma reflexão. Um profissional com anos de experiência e bagagem é um ativo precioso para uma empresa, mas esse tipo de vaga é mais escasso e o tempo de recolocação pode ser maior que o esperado. Não é incomum que um profissional em nível de diretoria chegue a ficar quase um ano em busca de uma nova oportunidade. Nesse caso, a recomendação é rever as expectativas e até mesmo considerar outros modelos de trabalho, como o temporário, por exemplo. Afinal de contas, é preciso se reinventar para se manter competitivo.

domingo, 13 de abril de 2014

O LÍDER MOTIVADOR


Existe uma máxima conhecida nos negócios: é preciso motivar com uma cenoura ou com um porrete. O que essa analogia pouco feliz com o mundo animal quer dizer é que é possível engajar profissionais de forma positiva, mostrando a eles o que tendem a ganhar como resultado de seu trabalho, ou de forma negativa, através do medo e da opressão.
Já passou o tempo em que um líder autoritário e centralizador obtinha resultados com suas equipes. A liderança moderna, que está alinhada às novas ferramentas de gestão, às expectativas das novas gerações e ao aprendizado que as empresas tiveram nas últimas décadas, mostra que motivação precisa vir de dentro. Um profissional comprometido é aquele que vê valor, sentido e resultado no que faz. E não porque o chefe vai ficar bravo se as metas não forem atingidas ou porque tem medo de perder o emprego.
Hoje, nas salas de entrevistas, é notável a curiosidade dos profissionais em relação à pessoa que será o seu chefe direto. Muitos candidatos, inclusive, estão saindo de seus empregos por terem uma má relação com os líderes de suas empresas – e querem evitar cometer o mesmo erro em uma nova oportunidade. Percebe-se uma preocupação do profissional com o estilo da futura liderança, o que deixa claro que estamos vivendo tempos novos e desafiadores na gestão de talentos.

Não vivemos mais o tempo do porrete, e talvez nem mesmo o da cenoura. Em uma época em que o engajamento vem de bons relacionamentos, inspiração e sentido, é preciso descobrir novas ferramentas para motivar.