Aditivo de titânio em óleos lubrificantes acaba com danos ao
catalisador
Redação do Site Inovação
Tecnológica
O titânio é um dos mais versáteis
metais que existem, com aplicações que vão desde a fabricação de foguetes e
aviões até a construção de músculos artificiais e implantes ósseos.
Agora, cientistas descobriram que
um composto de titânio também poderá tornar os lubrificantes para motores de
automóveis mais ambientalmente corretos e mais eficientes.
Aditivo para óleos de alto
desempenho
O aditivo de titânio, quando
adicionado ao óleo lubrificante do motor, forma uma camada em grande escala,
resistente ao desgaste, que adere à superfície das partes mais sensíveis do
motor, tornando-o um substituto perfeito para os aditivos químicos utilizados
até agora, mas que não coexistem bem com os mais modernos equipamentos
antipoluição.
Há anos o aditivo antidesgaste
mais utilizado nos óleos de alto desempenho para motores têm sido os compostos
à base de fósforo, particularmente o ZDDP (Zinc DialkylDithioPhosphate: dialquilditiofosfato
de zinco). O ZDDP forma uma película de polifosfato sobre as peças do motor,
reduzindo o desgaste.
Aditivo danifica o catalisador
Infelizmente, o fósforo é um
elemento químico que é um verdadeiro veneno para os conversores catalíticos dos
automóveis, contaminando o catalisador e reduzindo sua eficiência e sua vida
útil. Por isto, a indústria vem há anos procurando por alternativas.
Mas substituir o ZDDP não é uma
tarefa tão simples, porque um aditivo tem inúmeras funções úteis além de aumentar
a resistência ao desgaste. Os modernos óleos lubrificantes são na verdade uma
mistura de grande complexidade, contendo 20% ou mais de diversos aditivos
especiais para melhorar propriedades como a viscosidade, a estabilidade química
e física do óleo, e evitar a formação de sedimentos no interior do motor.
Aditivo de titânio
Agora o titânio se mostrou ser
uma alternativa à altura, sugerindo que a indústria de óleos poderá passar a
usar menos ZDDP. Utilizando raios X de baixa energia, os pesquisadores descobriram
que o titânio liga-se quimicamente à estrutura metálica das peças do motor,
formando uma finíssima película de titanato de ferro, um óxido de altíssima
dureza que protege essas peças.
Até então os cientistas não
sabiam se o aditivo de titânio simplesmente ficava sobre a peça, o que não
garantia um rendimento adequado. Agora que conhecem com detalhes o composto
químico formado, e que ele fica ligado quimicamente à superfície das peças dos
motores, os cientistas passarão a avaliar a influência da substituição do ZDDP
pelo aditivo de titânio em diversas proporções.
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